Marcus Bastianello Marcus Bastianello

Ultraprocessados e a formação do paladar na introdução alimentar e infância.

O que seu filho come hoje pode definir seu paladar.

O início da vida é uma janela de oportunidades para a formação de hábitos alimentares. É nessa fase que o bebê e a criança pequena estão descobrindo sabores, texturas e aromas — experiências que vão influenciar suas escolhas para o resto da vida.

Por isso, a introdução de alimentos ultraprocessados desde cedo pode trazer consequências importantes para a saúde e para o desenvolvimento do paladar.

Como afetam o paladar da criança?

  • Preferência precoce por sabores intensos: o excesso de açúcar e sal presente nesses produtos condiciona o paladar da criança a preferir alimentos cada vez mais doces ou salgados.

  • Dificuldade de aceitação de alimentos naturais: frutas, legumes e verduras podem parecer “sem graça” quando comparados ao sabor artificial e marcante dos ultraprocessados.

  • Redução da diversidade alimentar: a criança tende a rejeitar preparações simples e naturais, limitando sua alimentação e, consequentemente, sua ingestão de nutrientes importantes.

  • Risco de hábitos alimentares inadequados no futuro: quanto mais cedo o contato com ultraprocessados, maior a chance de levar esse padrão alimentar para a vida adulta.

O consumo frequente de ultraprocessados está associado a maior risco de obesidade infantil, cáries, deficiência de nutrientes, resistência à insulina e alterações do comportamento alimentar.

O contato precoce com ultraprocessados não só compromete a saúde, como também “educa” o paladar da criança a preferir sabores artificiais e menos nutritivos. Apostar na comida de verdade, preparada em casa, é o melhor caminho para formar hábitos saudáveis que durarão por toda a vida.

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Diabetes na gestação: como se alimentar para proteger mãe e bebê.

Um diagnóstico que não precisa assustar.

O diagnóstico de diabetes gestacional pode trazer muitas dúvidas e inseguranças para as futuras mamães. Afinal, a alimentação passa a ter um papel ainda mais central nesse período. Mas, ao contrário do que se pensa, não se trata apenas de cortar alimentos, e sim de aprender a escolher, equilibrar e organizar as refeições para garantir saúde tanto para a mãe quanto para o bebê.

O controle adequado da glicemia, aliado ao acompanhamento profissional, é fundamental para reduzir riscos e proporcionar uma gestação mais tranquila.

Alimentação saudável e fracionada: o segredo do equilíbrio

A base do tratamento do diabetes gestacional é a alimentação saudável e fracionada. Isso significa fazer refeições menores ao longo do dia, em média a cada 3 horas, evitando longos períodos em jejum. Essa estratégia ajuda a manter a glicemia estável, prevenindo tanto picos quanto quedas bruscas.

Monitoramento da glicemia: cuidado diário

A alimentação precisa caminhar junto ao monitoramento da glicose. Medir os níveis antes e depois das refeições mostra como cada alimento impacta o organismo e permite ajustes mais precisos no plano alimentar.

Em alguns casos, mesmo com dieta adequada, pode ser necessário o uso de insulina, sempre com acompanhamento médico. A boa notícia é que, com tratamento adequado, a maioria das gestantes consegue controlar a glicemia e ter uma gravidez saudável.

Ter diabetes na gestação exige disciplina, mas também traz a oportunidade de olhar para a alimentação como um verdadeiro ato de cuidado e amor. Fracionar refeições, escolher bons alimentos e monitorar a glicemia são passos que garantem bem-estar para a mãe e desenvolvimento saudável para o bebê.

Com orientação de um nutricionista materno-infantil, esse processo se torna mais leve, seguro e personalizado — mostrando que comer bem pode (e deve) ser prazeroso em todas as fases da vida.

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Métodos de introdução alimentar

Saiba mais sobre esse importante momento.

A introdução alimentar é um marco na vida do bebê e da família. Ela acontece, geralmente, a partir dos 6 meses de idade, quando o leite materno (ou fórmula, quando necessário) já não supre sozinho todas as necessidades nutricionais.
Esse processo deve ser gradual, respeitoso e seguro, sempre priorizando a construção de uma boa relação da criança com a comida:

1. Tradicional (papinhas amassadas)

  • É o método mais conhecido e usado há muito tempo.

  • Os alimentos são oferecidos em forma de purês ou papinhas amassadas, evoluindo para pedaços maiores conforme o bebê cresce

2. BLW (Baby Led Weaning)

  • O bebê é o protagonista: os alimentos são oferecidos em pedaços (em tamanho e textura adequados), e ele mesmo leva a comida à boca.

  • Estimula autonomia, coordenação motora e autorregulação da saciedade.

3. Participativo ou Misto

  • Combina o melhor dos dois mundos: em alguns momentos a família oferece alimentos em forma de papinha ou amassados, em outros o bebê tem liberdade para explorar pedaços e texturas.

Não existe um método único certo ou errado. O ideal é escolher (ou combinar) aquele que faça sentido para a família, desde que seja seguro, nutritivo e respeitoso com o bebê.

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Ultraprocessados: por que evitar.

Uma escolha fundamental.

Nos últimos anos, os alimentos ultraprocessados se tornaram parte da rotina de muitas famílias. São práticos, saborosos e estão em todos os lugares: bolachas recheadas, refrigerantes, salgadinhos, embutidos, macarrão instantâneo, entre outros. Mas a praticidade tem um preço — e ele é alto para a saúde.

O que são ultraprocessados?
São produtos que passam por várias etapas industriais, feitos com ingredientes artificiais como corantes, conservantes, adoçantes, aromatizantes e grandes quantidades de sal, açúcar e gorduras ruins. Em geral, quase não contêm alimentos de verdade na sua composição.

Por que evitar?

·       Excesso de calorias e poucos nutrientes: alimentam, mas não nutrem.

·       Aumentam o risco de doenças crônicas: como obesidade, diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e até questões de saúde mental como ansiedade e depressão.

·       Impactam o bem-estar: muitos ultraprocessados têm aditivos que alteram sono, humor e até o comportamento.

Evitar ultraprocessados não é sobre proibir tudo, mas sim sobre fazer escolhas mais conscientes na maior parte do tempo. Quanto mais natural for a alimentação, mais saúde, energia e qualidade de vida para toda a família.

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Preparação para a gestação: a importância da alimentação.

Pré-gravidez saudável, bebê protegido.

O desejo de engravidar é um momento especial, que traz consigo expectativas e também muitos cuidados. Entre eles, a alimentação ocupa um papel fundamental, já que fornece os nutrientes necessários para a fertilidade, para a saúde da mulher e para o desenvolvimento do futuro bebê.

Por que a alimentação importa antes da gravidez?

O período que antecede a gestação é chamado de pré-concepção. Nesse momento, o corpo da mulher precisa estar nutrido e equilibrado para receber a nova vida. Uma alimentação adequada ajuda a:

  • Regular o ciclo menstrual e favorecer a ovulação;

  • Reduzir riscos de deficiências nutricionais;

  • Preparar o organismo para as mudanças da gravidez;

  • Contribuir para a formação saudável do bebê desde os primeiros dias.

A prescrição de suplementos de forma individualizada, de acordo com carências e necessidades individuais, é fundamental antes da gestação. Para que desde o momento da concepção o bebê tenha toda a nutrição adequada para o desenvolvimento saudável.

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